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A história é nossa

  • elasnatela
  • 17 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Por Vivian Piloto


Uma história nunca será fiel se não for contada por seus protagonistas, isso é inegável e basta ver a trajetória da narrativa feminina. Antes de conseguirmos de fato contar nossas histórias e criar uma identidade unicamente nossa (por mais problemática – branca e classe média – que ela ainda tenda a ser), o que nos era reservado pela história?


Se não fosse o arquétipo da dona de casa ou a exaltação de nossos corpos – e sexualidade – em função da satisfação masculina, o que nos restava? Por décadas fomos meros itens decorativos nas grandiosas histórias de pensadores, navegadores, guerreiros, cientistas e todos os grandes nomes que se destacaram no trajeto da humanidade. E muitas dessas vezes, esses nomes foram construídos em cima de mulheres sem identidade até hoje.


É engraçado ver que, mesmo com passos pequenos, nossa realidade difere muito da de 35 anos atrás. Apesar de todas as problemáticas, cada vez mais a história deixa de girar em torno da capacidade incontestável do homem branco, e, aos poucos, novos elementos vão contribuindo para tecer nossa história. Daí vem a importância de abrir portas para novas vozes.


É muito mais fácil você se identificar e sensibilizar com uma narrativa contada por alguém que lhe apresente algum tipo de semelhança e, a partir disso, fazer com que floresça esse sentimento de pertencimento, acolhimento e de capacidade. Tudo fica mais difícil quando você cresce sem nenhum “modelo”, não se enxerga em meio aos super-heróis e protagonistas das histórias. Porém, basta uma referência para que tudo isso mude.


Para alguns a história foi dada de bandeja, já para outros, algumas mulheres mais que as outras, foi necessário tomar as narrativas em nossas mãos e negá-las para que assim pudéssemos reescreve-las de maneira fiel e justa.


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